Perlimpinpin (tradução)

Original


Barbara

Compositor: Barbara

Por quem, quanto, quando e por quê?
Contra quem, como, contra o quê?
Parai com vossa violência!
De onde vindes, aonde ides?
Quem sois, para quem rezais?
Rogo-lhes que façais silêncio!

Por quem, como, quando e por quê?
Se for absolutamente necessário que sejamos
Contra alguém ou contra alguma coisa
Eu sou pelo sol poente
No alto das colinas desertas
Eu sou pelas florestas profundas!

Pois, uma criança que chora
Pouco importa de onde ela seja
É uma criança que chora
Pois, uma criança que morre
Na ponta de vossos fuzis
É uma criança que morre

Como é abominável
Ter que escolher
Entre duas inocências!
Como é abominável
Ter como inimigos
Os risos da infância!

Por quem, como
E quanto, contra quem
Como e quanto?
É de se perder o gosto pela vida
O gosto da água, o gosto do pão
E o do Pirlimpimpim
Na praça de Batignolles

Mas, por nada
Mas, por quase nada
Por estar convosco e isso é bom
E por uma rosa entreaberta
E por uma respiração
E por um sopro de abandono
E por um jardim que estremece

Nada ter, mas apaixonadamente
Nada se dizer, perdidamente
Nada se saber, com embriaguez
Rico, com falta de posses
Ter somente a própria verdade
Possuir todas as riquezas

Não falar de poesia
Não falar de poesia
Ao amassar flores silvestres
E ver jogar-se transparência
No fundo de um pátio com muros cinza
Onde a alvorada nunca tem vez

Contra quem ou, então, contra o quê?
Por quem, como, quando e por quê?
Por se ter, de novo, gosto pela vida
O gosto da água, o gosto do pão
E o do Pirlimpimpim
Na praça de Batignolles

E contra nada e contra ninguém
Contra ninguém e contra nada
Mas por uma rosa entreaberta
Pelo acordeão que suspira
E por um sopro de abandono
E por um jardim que estremece

E viver, viver apaixonadamente
E só combater
Com as chamas da ternura
E rico, com falta de posses
Ter somente a própria verdade
Possuir todas as riquezas

Não falar mais de poesia
Não falar mais de poesia
Mas deixar viverem
As flores silvestres
E ver jogar-se transparência
No fundo de um pátio com muros cinza
Onde a alvorada, finalmente, teria vez

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